APRENDIZAGEM À DISTÂNCIA


 

A tecnologia hoje disponível permite a implementação de ambientes de intensa interação, possibilitando aos participantes agir criativamente. Ela contribui para o desenvolvimento das interações, favorecendo a participação e o compartilhamento de experiências e descobertas durante o processo de aprendizagem.

 

No entanto, a tecnologia por si só não é suficiente para a promoção da aprendizagem. O desenvolvimento da aprendizagem interativa requer ação humana voltada para definição de estratégias de participação, a começar pela identificação dos participantes e avaliação e integração de informações. Requer metodologias que possam situar o aluno no centro do processo educacional e levar o professor a tornar-se um “provocador cognitivo”, facilitador, avaliador e mediador de significados.

 

Figura 4.1, “Estrutura para a aprendizagem a distância. Fonte: Palloff e Pratt (2004).” a seguir, ilustra a estrutura e as articulações que se estabelecem em uma comunidade virtual de aprendizagem.

 

 

Figura 4.1. Estrutura para a aprendizagem a distância. Fonte: Palloff e Pratt (2004).

 

images/comunidades-virtuais/estrutura-para-aprendizagem-a-distancia.png

 

Palloff & Pratt (2004) sugerem algumas técnicas de design instrucional centradas no aluno para apoiá-lo na educação on-line, relacionadas ao “acesso; habilidades comunicativas; abertura; comprometimento; colaboração; reflexão e flexibilidade”

 

São técnicas que instrumentalizam o professor para ajudar o aluno a entender o importante papel que ele desempenha no processo de aprendizagem e o ajudam a se situar no seio de uma comunidade de aprendizagem on-line.

 

A comunidade virtual representa o veículo através do qual ocorre a aprendizagem colaborativa na sala de aula virtual. Os participantes dependem uns dos outros para que a comunidade cresça e os objetivos sejam alcançados. Nesse ambiente, “os professores promovem um sentido de autonomia, iniciativa e criatividade, ao mesmo tempo em que incentivam o questionamento, o pensamento crítico, o diálogo e a colaboração.” (Broofild, 1995, citado por Palloff & Pratt, 2002)

 

Além de promover a aprendizagem, a comunidade virtual promove conexões sociais entre os participantes, e embora o professor e os tutores sejam os incentivadores desse processo ele só acontece se houver efetiva participação dos alunos.


 

4.3.1. Ambientes Virtuais de Aprendizagem - AVA

 

 

Os ambientes virtuais de aprendizagem são plataformas para o desenvolvimento de cursos virtuais. Trata-se da estruturação, em um único espaço, dos serviços de apoio educacional on-line oferecidos aos estudantes através da Internet.

 

Uma ampla relação de endereços de ambientes virtuais utilizados está disponível emhttp://www.clubedoprofessor.com.br/ead/ambientes.html

 

 

Em proferida aula magistral los UMA universidade brasileira não ANO DE 2001, Otto Peters, da FernUniversität (Hagen, Alemanha), descreveu OS AMBIENTES Virtuais de Aprendizagem, ilustrando SUA DESCRIÇÃO com UMA Tela vibrante de hum monitor. Por tras dela, Ha hum Cenário Onde existe UMA Esfera Ilimitada e potencialmente passível de abranger o Mundo E Ate O cosmo. Nele, o Espaço E ABERTO e incomensurável, tempo e locais fixos Localidade: Não São Paulo.

 
  - Van der Linden  2005

 

É um espaço não protegido onde pessoas e objetos são flutuantes e transitórios e mudam com frequência e rapidez. Os alunos não interagem face a face, em grupos, mas entram em contato com colegas, professores e tutores em lugares indefinidos. Em vez de ouvir e falar, os estudantes lêem e escrevem. Não há ambiente real em que os estudantes e professores possam interagir face a face, e a dimensão histórica se perde inteiramente. São espaços tão diferentes dos espaços reais de aprendizagem que nos causam um choque de reconhecimento ao refletir sobre os mesmos.

 

Por outro lado, não podemos analisar os AVA apenas como ferramentas tecnológicas. É necessário analisar as práticas e posturas pedagógicas e também comunicacionais do ambiente. Tais práticas inspiram ambientes instrucionistas, interativos e cooperativos.

 

 

OS AMBIENTES Que da São Classificados Como  instrucionistas  estao MAIS centrados sem conteudo. A Interação E Mínima ea Participação on-line fazer Aluno E Praticamente individual. E considerado o Tipo Mais Comum Onde a Informação e transmitida Como los UMA aula tradicional presencial.

 

Os ambientes interativos estão centrados na interação on-line, onde a participação é essencial no curso.

 

 

Por fim, em ambientes cooperativos, seus objetivos são o trabalho colaborativo e a participação on-line.

 

O Moodle nosso ambiente de aprendizagem foi pensado e estruturado com incorporação de uma sólida comunidade de aprendizagem, uma vez que dispõe de recursos interativos que facilitam a colaboração, estimulam a investigação e também a interação entre os alunos, tutores e professores.


 

4.3.2. Comunidades Virtuais de Aprendizagem

 

 

 

O Conceito de Comunidade virtual de temperatura Sido Utilizado parágrafo explicar Formações espontâneas de PESSOAS Que se reunem na "Grande Rede" em Torno de Determinado ASSUNTO UO Tema de INTERESSE Comum.

 
  - Lévy  2001

 

Segundo Van der Linden (2005) existe uma diferença entre comunidade de aprendizagem on-line e uma comunidade on-line ou grupo on-line, em que as pessoas se encontram para compartilhar um interesse mútuo. No site do Orkut por exemplo, existem inúmeras comunidades on-line ou grupos de relacionamentos, mas não se constituem comunidades de aprendizagem .

 

No ciberespaço, as comunidades podem ser diferenciadas segundo alguns critérios. Um estudo sobre a classificação das comunidades virtuais é feito por Szaló e Silva (2003), que destacam:

 

 

 

 

Sendo assim, temos as chamadas Comunidades de Interesse, Comunidades de Prática e Comunidades Educacionais (de Aprendizagem), que buscaremos caracterizar.

 

Comunidades de Interesse

O aprendizado é mais individual que coletivo, o objetivo não é dirigido para uma produção coletiva. Segundo Szaló e Silva (2003) “[…] é um agregado de pessoas reunidas em torno de um tema de interesse comum”.

 

Esses autores explicam que uma comunidade de interesse pode ter uma duração variável, isto é, pode desaparecer logo após ter sido criada por não ter conseguido incorporar participantes, ou ao contrário durar anos.


Comunidades de Prática

Segundo o teórico organizacional Etienne Wenger, que cunhou o termo no início dos anos 90, três elementos definem uma comunidade de prática. O primeiro é o tema sobre o qual se fala (é preciso definir um interesse comum). O segundo são as pessoas, que têm de interagir e construir relações entre si em torno do tema. E o terceiro é a prática, a ação. Reunidas em comunidades virtuais, as pessoas aprendem juntas como fazer coisas pelas quais se interessam.

 

Seus membros podem fazer parte de um mesmo departamento, serem de diferentes áreas de uma companhia, ou até mesmo de diferentes companhias e instituições. Elas estão ligadas no que diz respeito a uma área de atuação profissional comum, buscando a socialização para a solução de questionamentos.

 

[Dica] Ampliando seu Conhecimento

Visite http://www.kmol.online.pt/entrevistas/2001/06/01/etienne-wenger , você terá acesso à uma entrevista de Etienne Wenger, onde ele fala da comunidade de prática, cujo termo foi proposto por ele. Acesse e amplie os seus conhecimentos sobre o tema.


Comunidades Educacionais

São constituídas por alunos, de uma mesma classe, de uma mesma instituição ou alunos geograficamente dispersos. O que se busca nesta comunidade é o aprendizado através do relacionamento social, baseado nas teorias construtivistas. Ao contrário das demais, a construção do conhecimento se dá através de orientações de um professor e sua relação com os objetivos de uma disciplina ou programa institucional.

Conforme o exposto anteriormente, ao contrário das Comunidades de Interesse, as Comunidades de Prática e as Comunidades Educacionais possuem uma intenção mais forte de formação e maior coesão e envolvimento dos participantes.

 

Para Pallof & Pratt (2004) é o envolvimento com a aprendizagem colaborativa e a prática reflexiva implícita na aprendizagem transformadora que definem as Comunidades Educacionais ou de Aprendizagem. Para esses autores, uma comunidade de aprendizagem on-line se caracteriza pelos seguintes resultados:

 

A seguir abordaremos questões relativas à ideia de aprendizagem colaborativa no seio das comunidades virtuais de aprendizagem. Discutiremos o papel do aluno na comunidade virtual, suas formas de participação, os fatores impulsionadores da interação e interatividade em um ambiente virtual e a colaboração como atitude indispensável à manutenção de uma comunidade de aprendizagem. Abordaremos ainda questões relacionadas ao comportamento de passividade ou omissão dos participantes, denominado de silêncio virtual.


 

4.3.3. O Papel do Aluno na Comunidade Virtual

 

“O Lado do Aluno nas Comunidades de Aprendizagem On-line” é abordado por Palloff & Pratt (2004) no livro O Aluno Virtual. Os autores destacam que a interação social que acontece na comunidade, estabelece os fundamentos da comunidade de aprendizagem, cujo objetivo é o envolvimento no curso. Para os autores, ”compartilhar a informação, os interesses e os recursos, é parte integrante da educação on-line”. É a base da aprendizagem colaborativa em que a construção de significados é feita pelo conjunto dos participantes.

 

Segundo Palloff & Pratt (2004) o professor de um curso virtual é uma espécie de arquiteto da comunidade de aprendizagem, já que faz, a princípio, o planejamento. Contudo, são os alunos que, como engenheiros, estruturam o curso.

 

A aplicação das técnicas de design instrucional centradas no aluno requerem o estabelecimento de algumas precondições do aluno on-line.

Os autores acima mencionados destacam as seguintes:

 

 

4.3.4. Interação e Interatividade

 

 

 

Frequentemente os termos interação e interatividade são utilizados na literatura especializada como sinônimos. Pela etimologia da palavra, interação é uma ação recíproca entre pessoas ou coisas. Nesse sentido o termo permite muitos significados: interação estudante-estudante; estudante-professor; estudante-materiais de estudo; estudante-sistema de avaliação, etc.

 
  -- Van der Linden 2005

 

Na comunicação on-line o termo interação aplica-se especificamente a uma ação recíproca entre dois ou mais atores onde ocorre a comunicação, o diálogo, a troca de idéias. Diferentemente da educação tradicional em que a interação é face a face, na EAD a interação dar-se-á de forma indireta, mediatizada por algum veículo técnico de comunicação (telefone, e-mail, chat, fórum, etc.).

 

 

Figura 4.2. Interação. Fonte: TAJRA, Sanmya Feitosa (2002).

 

images/comunidades-virtuais/interacao.png

 

Nas comunidades virtuais de aprendizagem, as interações ocorrem quando os sujeitos modificam-se, como resultado da construção de novos saberes socialmente construídos. Compõem o processo de interação os seguintes elementos: emissor, canal, mensagem, receptor, interpretação e conteúdo devolutivo (Tajra, 2002).

 

 

Já o termo Interatividade é visto como uma nova forma de interação técnica homem - máquina, de característica eletrônico-digital oferecida por determinado meio (CD-ROM, consulta, hipertextos ou jogos, ambientes virtuais, computadores, etc).

 

[Dica] Ampliando seu Conhecimento

Se quiser saber um pouco mais sobre tipos de interação, consulte o sitehttp://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/431 . Você vai encontrar um artigo de PRIMO, Alex F. T. que trata da “Interação Mútua e Interação Reativa: uma proposta de estudo”


4.3.5. O Silêncio Virtual

 

 

O silêncio virtual "faz parte" e já é mesmo esperado em cursos on-line, em virtude da cultura da oralidade que marca a formação da grande maioria dos participantes. Muitos alunos sentem-se inibidos, não se sentindo à vontade com a cultura da comunicação on-line, ou seja, com uma comunicação baseada na escrita e aberta a todos os participantes. Essa situação é definida como silêncio virtual.

 

É um desafio a ser superado, visto que em ambientes colaborativos a participação é imprescindível sob pena de fracassar o propósito. O silêncio virtual pode ser um momento de reflexão, e nesse caso, não impede a aprendizagem, mas quando muito prolongado barra a colaboração e o compartilhamento de conhecimento. Respeitando o tempo e estilo de cada um, deve haver um esforço coletivo para que todos se coloquem num ambiente de confiança e liberdade de pensar e participem da comunidade de aprendizagem.

 

Ressalte-se que a educação on-line pressupõe colaboração e o participante precisa estar integrado, dinâmico e compromissado. Os silenciosos, aqueles que não se manifestam, quebram a interação e a dinâmica do grupo. Assim, a passividade dos participantes merece reflexão por parte dos educadores e avaliadores para que, entendendo suas razões, possam conduzir o trabalho educativo na perspectiva da colaboração e do incentivo a posturas questionadoras diante da realidade.

 

As reflexões sobre o silêncio virtual e as regras de convivência e participação nas comunidades de aprendizagem tem suscitado as seguintes questões: será que mesmo sem se manifestar os alunos aprendem? O silêncio atrapalha o processo de aquisição do conhecimento? E quanto a avaliação, como avaliar um aluno virtual que participa muito pouco?

 

 

Como saber se os estudantes “invisíveis” estão realmente aprendendo, como gastam o tempo no ambiente on-line e se seu comportamento on-line influencia seus estilos de aprendizagem? Seriam os participantes silenciosos aprendizes autodidatas que preferem permanecer tão anônimos e autônomos quanto possível ou estão perdidos no ambiente virtual e não encontram os caminhos da comunicação? Estudos sugerem que a maioria dos estudantes estaria frequentemente processando as ideias obtidas no curso, mesmo nas situações em que não estariam visivelmente participando.

 
  -- Van der Linden 2005

 

Estudiosos da temática alertam que na comunicação, componente essencial na educação on-line, não existe aluno presente inativo. Daí porque geralmente são estabelecidas diretrizes para que haja uma participação mínima aceitável, estimulando a interação e facilitando a construção colaborativa do conhecimento e o processo criativo do grupo.

 

Como medida prática, é recomendável que no começo de um curso, as normas de participação devam ser explicitadas, tais como o número de mensagens necessárias semanalmente e a importância do contexto das mensagens. É importante destacar que, não é o envio de mensagens, mas o conteúdo delas que tem importância na interação on-line. Se estiverem fora do contexto, nada acrescentam.

 

 

 

[Dica]

Dialogando e Construindo Conhecimento

 

Pesquise na Internet sobre comunidades de Aprendizagem. Ao encontrar um tema de seu interesse se inscreva nessa comunidade e participe! Socialize a informação com os demais participantes do Curso de EAD

 

 

Fonte

 

Produção Virtual.

Disponível em: http://producao.virtual.ufpb.br/books/camyle/introducao-a-ead-livro/livro/livro.chunked/ch04s03.html

Acesso em: 16/05/2014

 

 

 

[Dica]

Dialogando e Construindo Conhecimento

 

Pesquise na Internet sobre comunidades de Aprendizagem. Ao encontrar um tema de seu interesse se inscreva nessa comunidade e participe! Socialize a informação com os demais participantes do Curso de EAD