TCC - LITERATURA INTERATIVA


 

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

 

 

LECIANE STRAUB MATOSO

LEILA DE JESUS CHEMIN

 

LITERATURA INTERATIVA


 

Trabalho apresentado como requisito parcial para conclusão do curso de Aperfeiçoamento em Mídias Integradas na Educação da Universidade Federal do Paraná – UFPR.

 

Orientadora: Profª Geane Aparecida Poteriko da Silva


 

 

1. IDENTIFICAÇÃO

 

1.1. AUTORES:  Leciane Straub Matoso

                               Leila de Jesus Chemin

 

2.  INTRODUÇÃO

 

Tendo em vista que a leitura é um dos maiores desafios para a educação, nossa proposta será norteada por essa problemática. Nosso objetivo maior é criar um projeto de leitura na escola de uma forma que envolva além do professor de todas as áreas, as novas tecnologias, como também toda a comunidade escolar. Para isso, levantamos algumas questões que pretendemos que sejam respondidas no decorrer do projeto, tais quais: O que significa leitura? De que maneira um professor pode influenciar a formação de um futuro leitor, aliando isso ao prazer da leitura? Quais contribuições o professor pode fazer na leitura e na exploração de textos em sala de aula de forma interdisciplinar e integrado às Novas Tecnologias?

 

Precisa-se compreender que todo o professor pode dar sentido completo na sua tarefa de ser também um leitor, sendo referência para os alunos. Cabe a ele refletir sobre o seu papel, tomando rumos que analisem sua formação como leitor, de modo a transformar seus alunos em leitores também. Citando Viëgas (1997), o professor precisa assumir o seu papel de formador, construtor de leitores, "não para explorar sua disciplina através da leitura (...), mas para abrir portas do mundo através dela". (VIËGAS, 1997, p.13).

 

Sabemos que ler não é uma prática habitual de nossos jovens. Portanto, coloca-se a seguinte problemática na importância da formação de leitores: Como o professor pode despertar o interesse e a curiosidade, incentivando o aluno à prática da leitura?

 

De acordo com Machado (2001):

 

... ler é gostoso demais. Por isso é natural que as pessoas gostem. Basta dar uma chance para que isso aconteça. Ninguém é obrigado a gostar de cara. Tem de ler dois, três títulos, até encontrar um que nos desperte. No caso da criança, dois fatores contribuem para esse interesse: curiosidade e exemplo. Assim é fundamental o adulto mostrar interesse (...) (MACHADO, 2001, p. 21).

 

Podemos observar, até mesmo pelas palavras da autora, que no universo da leitura, o que alimenta o leitor é a curiosidade e o interesse. Isso é possível tão logo o professor entenda seu papel na educação. Pensando nessa ideia, Machado (2001, p. 21) acrescenta que nenhuma metodologia de alfabetização leva sozinha à formação de leitores.

 

Transformar a leitura em algo prazeroso é também de certa forma registrar o momento na mente do nosso aluno. Cativá-los de forma a não mais transmitir conhecimentos e sim construí-los juntos. 

 

Para tanto, neste projeto integraremos três mídias: a impressa, o vídeo e a internet. Então, como o objetivo é transformar nossos alunos em futuros leitores, pretendemos encaminhar o presente projeto de forma significativa para o aluno, a fim de impressioná-lo, conseguindo registrar alguma coisa em sua mente. Para isso, contaremos com a integração das Novas Tecnologias.

 

Nesse contexto, pode-se mencionar Moran (2007), segundo o qual:

 

As tecnologias são pontes que abrem a sala de mundo, que representam, medeiam o nosso conhecimento do mundo. São diferentes formas de representação da realidade, de forma mais abstrata ou concreta, mais estática ou dinâmica, mais linear ou paralela, mas todas elas, combinadas, integradas, possibilitam uma melhor apreensão da realidade e o desenvolvimento de todas as potencialidades do educando, dos diferentes tipos de inteligência, habilidades e atitudes. (MORAN, 2007, p. 162-163).

 

Para iniciar esse projeto de leitura interdisciplinar, optaremos por introduzir a fábula como gênero textual.

 

 Por se tratar de uma leitura que irá abordar aspectos culturais, expressões linguísticas, dados históricos, além da questão moral que a ser trabalhada no final da história, acreditamos, através da fábula, potencializar o interesse pela leitura por meio do envolvimento das disciplinas de Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Artes e Ciências aliados ao uso das novas tecnologias.

 

Considerando que a contemporaneidade reconfigura o formato da velha escola, exigindo-lhe um novo perfil de sujeito do saber, ensinar, então, segundo uma perspectiva interdisciplinar é, portanto livrar-se da clausura limitante disciplinar, dispensando a fragmentação de conteúdos. Essa relação entre exigências produtivas e reformulação da escola se materializa nos documentos do MEC com vistas ao esforço de uma orientação para a interdisciplinaridade, como os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio:

 

Tal organização curricular enseja a interdisciplinaridade, evitando-se a segmentação, uma vez que o indivíduo atua integradamente (...). Os conhecimentos não são mais apresentados como simples unidades isoladas de saberes, uma vez que estes se inter-relacionam, contrastam, complementam, ampliam e influem uns nos outros. Disciplinas são meros recortes do conhecimento, organizados de forma didática e que apresentam aspectos comuns em termos de bases científicas, tecnológicas e instrumentais. (BRASIL, 2002, p. 30).

 

Como se pode ver, ao lado da discussão em torno da concepção de disciplina como “recorte do conhecimento” o documento se dirige a necessidade de uma nova formatação curricular que privilegie a interdisciplinaridade, uma vez que os saberes exigidos pelo mundo estão distantes de uma organização de disciplinas que não dialogam entre si. Mesmo presente como orientação nos documentos oficiais, a interdisciplinaridade colocada como meta ainda está distante de ser alcançada, como um fazer que se almeja, mas que ainda carece de encontrar caminhos para sua efetiva consecução. Dirão muitos que esse não é trabalho só para o professor de Português. Sem dúvida, esse é um trabalho de todas as disciplinas, mas pode ser a Língua Portuguesa o carro-chefe de tais discussões. A interdisciplinaridade pode começar por aí e, consequentemente, a construção e o reconhecimento da intertextualidade (BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, 1999, p. 140).

 

Nesse processo, utilizaremos a internet como meio de comunicação e divulgação do projeto e dos resultados da leitura. Dessa forma, integraremos também a internet com outras tecnologias na educação, assim como o vídeo.

 

Como nosso objeto de estudo será a leitura e o professor formador, não podemos deixar de considerar que há várias, entre tantas possibilidades de leitura, como por exemplo, um texto, um filme, uma fotografia, uma peça de teatro, um programa de TV, um romance, um poema, um mapa, um gesto, ou seja, uma infinidade de leituras, assim como diz Guimarães Rosa em Tutaméia : “A vida também é para ser lida. Não literalmente, mas em seu supra senso”. (ROSA, 1967, p. 3-4). Sendo assim, temos que considerar as múltiplas linguagens.

 

 

3.  CONTEXTUALIZAÇÃO

 

Fazemos parte de um mundo globalizado, em que estudantes de todas as idades, de qualquer nível social encontram-se antenados com a atualidade e têm acesso aos mais modernos meios de comunicação e informação. Portanto, faz-se necessário reinventar o processo de  ensino- aprendizagem, de maneira  a dar mais importância ao uso das mídias em sala de aula.

 

Mas para isso é importante o engajamento do professor  e o desejo de inovar sua prática pedagógica , dando ênfase ao modelo de educação em que todos são emissores e receptores de informação.

 

De acordo com Kenski (2006):

 

As novas tecnologias de informação e comunicação, caracterizadas como midiáticas, são, portanto, mais do que simples suportes. Elas interferem em nosso modo de pensar, sentir, agir, de nos relacionarmos socialmente e adquirirmos conhecimentos. Criam uma nova cultura e um novo modelo de sociedade. (KENSKI, 2006, p.23).

 

Assim, o processo de ensino-aprendizagem e as novas tecnologias na escola é algo que demandam uma série de mudanças nos indivíduos envolvidos com a tarefa educativa, visando encontrar melhores possibilidades que ampliem a qualidade do ensino e da aprendizagem. Sabendo-se que a escola não se caracteriza mais como o centro das informações e o conhecimento é a base da sociedade moderna, é preciso explorar as informações que estão disponíveis em vários lugares, sob diversas formas. O importante é saber utilizá-las de acordo com as necessidades e prioridades.

 

Dessa forma, a educação assume um papel dinâmico, o de desenvolver capacidades, competências e valores, tornando possível ao educando a competência de transformar informação em conhecimento.

 

Considerando-se que as novas tecnologias- da informação e da comunicação estão transformando a vida das pessoas e principalmente a dos “nativos digitais”,  cabe à Escola, portanto, adaptar-se ao novo modelo social e usá-los no processo de ensino-aprendizagem para corroborar na transformação do cidadão.

 

Para Demo apud Hammes:

 

A escola precisa se situar nas habilidades do século XXI, que ainda não estão presentes no contexto escolar, mas aparecem em casa, no computador, na Internet e na lan house. É neste ponto que o autor sugere uma grande mudança, que começa com e pelo professor. “Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias e deve se portar como tal. (DEMO apud HAMMES, 2010, p. 2).

 

Para tanto, a princípio é necessário que os educadores compreendam a importância do ensino da leitura e da escrita na escola, pois, para explorar o computador e seus recursos, exige-se do sujeito o domínio das competências do ler e escrever e, para isso, é necessário despertar o interesse do educando para tal prática, levando em consideração assuntos de interesse deles e que lhes chamem atenção.

 

 

4.  PÚBLICO ENVOLVIDO           

 

A presente proposta tem como público alunos do Ensino Fundamental e Médio, com três turmas de 6º ano envolvidas: 6º D, E e F, somando o total de 105 alunos do Ensino Fundamental, e no Ensino Médio envolverá as turmas de 1º A e B, com total de 80 alunos.

 

 

5.  INTEGRAÇÃO DAS MÍDIAS

 

Este projeto propõe a integração das mídias impressa, vídeo e informática.

Para tanto, serão utilizados os seguintes recursos:

 

- Filmes;

- Sala de informática;

- Livros;

- Computador;

- Internet;

- Sites de busca;

- Redes sociais.

 

 

6.  PERÍODO DE REALIZAÇÃO DO PROJETO

 

A partir do 4º Bimestre de 2013, podendo ser implementado no PPP da Escola para dar continuidade no ano seguinte.

 

 

7.  PROBLEMA

 

Sabendo-se da dificuldade que o professor encontra de incentivar a leitura, o uso dos gêneros textuais em sala de aula, tais como: conto, poesia, notícia, biografia, parlenda, fábula, entre outros, devem ser explorados com o intuito de instigar e despertar o interesse pela mesma. Como o gênero fabular trata-se de textos curtos, curiosos e que intencionam trazer um ensinamento moral abrindo espaço para debates acerca do tema abordado, acredita-se que o trabalho com esse gênero, aliado às novas tecnologias e mídias, que já fazem parte do cotidiano dos jovens e adolescentes para outros fins, servirão de fortes estratégias educativas para chamar a atenção dos educandos e fazer com que ocorra a adesão deles ao presente projeto.

 

8.  ABORDAGEM PEDAGÓGICA

 

A presente proposta considera a importância da leitura no contexto educacional e tem como objetivo a criação de um projeto interdisciplinar de leitura na escola, que envolva professores das diversas áreas do conhecimento e as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) como suporte pedagógico, além de toda a comunidade escolar.

 

Para tanto, propõe-se o uso da internet como meio de comunicação e divulgação, tanto do projeto quanto dos resultados da leitura. Assim, pretende-se integrar a internet com outras tecnologias na educação, dentre estas o vídeo, a mídia impressa e a mídia informática.

 

Nesse contexto deve-se salientar que o professor precisa variar em seu planejamento, criando condições para que os alunos utilizem novas linguagens, combinar pesquisas escritas com trabalhos de dramatização, programas de rádio, jornais, entrevistas gravadas, pois eles se motivam muito mais ao se apresentarem de forma polivalente, através da dramatização, do jogo, da paráfrase, do concreto, da imagem em movimento, assim como sugere Moran (2010, p. 162) “A imagem mexe com o imediato, com o palpável”. 

 

A partir disso, introduziremos nosso projeto de leitura, utilizando o vídeo como linguagem cinematográfica, e tomando como referência a afirmação de Moran (2007):

 

A televisão, o cinema e o vídeo, CD ou DVD - os meios de comunicação audiovisuais - desempenham, indiretamente, um papel educacional relevante. Passam-nos continuamente informações, interpretadas; mostram-nos modelos de comportamento, ensinam-nos linguagens coloquiais e multimídia e privilegiam alguns valores em detrimento de outros. (MORAN, 2007, p. 162).

 

Como pretendemos associar o ato de ler à liberdade, a melhoria em se expressar, e ainda a melhoria da produção escrita, objetivos estes que podem ser atingidos através da leitura, apresentamos como proposta a exibição dos filmes “A Sociedade dos Poetas Mortos” e “A formiga e a cigarra”, a fim de despertar o interesse pela leitura da fábula e também pelo próprio projeto.

 

Assim considera-se que a metodologia de projetos tende a atribuir ao professor o papel de mediador, e não mais de mero transmissor de conteúdos, no qual ele proporcionará um ambiente onde prevalece a construção significativa do conhecimento e não mais apenas a transmissão de conteúdos específicos, tornando o foco da aprendizagem em busca por informações, através da pesquisa e desenvolvimento de projetos.

 

Moran (2010) ressalta que:

 

As redes se abrem para o mundo, com a capacidade de exposição além dos     muros da escola. Para tanto, pode-se utilizar da internet, além de ferramentas de pesquisa também como meio de divulgação das produções do projeto: A escola, com as redes eletrônicas, abre-se para o mundo; o aluno e o professor se expõem, divulgam seus projetos e pesquisas, são avaliados por terceiros, positiva e negativamente. (...) A escola sai do seu casulo, do seu mundinho e se torna uma instituição onde a comunidade pode aprender contínua e flexivelmente. (...) Quando focamos mais a aprendizagem dos alunos do que o ensino, a publicação da produção deles se torna fundamental. (MORAN, 2010, p.162-163).

 

Nesse sentido, o trabalho visa criar um grupo na rede social Facebook ® com o intuito de possibilitar a publicação de produções escritas a respeito das leituras realizadas, nesse caso, a resenha crítica, proporcionando, também, a possibilidade de que todos possam contribuir agregando informações, críticas e questionamentos sobre o trabalho dos colegas.

 

A criação do grupo nessa rede social justifica-se pelo fato de nosso público estar mais tempo conectado, tendo respostas e efeitos instantâneos, praticamente online. Assim como ressalta Moran (2009): “Com todos os problemas envolvidos, a idéia de que o conhecimento pode ser co-produzido e divulgado é revolucionária e nunca antes tinha sido tentada da mesma forma e em grande escala”. (MORAN, 2009, online).

 

Portanto, a possibilidade dos alunos se expressarem, tornarem suas ideias e pesquisas visíveis, confere uma dimensão mais significativa aos trabalhos e pesquisas acadêmicos. A Internet possui hoje inúmeros recursos que combinam publicação e interação, através de listas, fóruns, chats, blogs, e possibilitam a divulgação das atividades escolares com maior destaque.

 

 

9.  PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

 

O trabalho em sala de aula será organizado em etapas, conforme a tabela a seguir:

 

 

TABELA 1 – PLANEJAMENTO DO TRABALHO

 

ETAPAS

HORAS/AULA

ATIVIDADES REALIZADAS

1ª Etapa

1h/a

- Leitura da fábula: “A cigarra e as formigas”.

2ª Etapa

3 h/a

- Dramatização de fábula.

3ª Etapa

1 h/a

- Filme “A cigarra e as formigas”. (Duração: 25 min)

4ª Etapa

2 h/a

- Estudo do ciclo das formigas.

5ª Etapa

2 h/a

- Compreensão e Interpretação de fábulas em Inglês.

6ª Etapa

1 h/a

- Divisão dos alunos, em grupos para visita à sala de informática a fim de pesquisar autores e obras fabulares.

7ª Etapa

1 h/a

- Debate a respeito dos ensinamentos trazidos pelas fábulas escolhidas e ilustração das mesmas.

8ª Etapa

2 h/a

- Produção de texto e reestruturação.

9ª Etapa

1 h/a

- Visita à biblioteca.

10ª Etapa

2 h/a

- Exposição do Vídeo “Sociedade dos Poetas Mortos”.

11ª Etapa

3 h/a

- Produção escrita: Resenhas críticas.

12ª Etapa

Trabalho extraclasse

- Criação do grupo de interação no Facebook.

13ª Etapa

Ao final de cada etapa.

- Reunião com o grupo de professores envolvidos e um aluno representante de cada turma.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FONTE: As autoras (2013).

 

Abaixo, segue a descrição das atividades realizadas em cada etapa:

 

- 1ª Etapa - Leitura da fábula: A cigarra e as formigas.

Os textos impressos serão levados para sala de aula para que num primeiro momento seja feito a leitura silenciosa e em seguida leitura coletiva, de modo que verbalmente sejam identificadas as principais características do gênero fabular para discussão a respeito da moral da história e do assunto do cotidiano retratado na história.

 

- 2º Etapa Dramatização de fábula.

O professor de Artes orientará os alunos na dramatização de uma fábula que será escolhida por eles e apresentada aos  demais.

 

- 3ª EtapaFilme “A cigarra e as formigas”.

A apresentação do filme objetiva ilustrar o aprendizado das principais características da tipologia textual “fábula” e introduzir o estudo sobre o ciclo de vida das formigas que será feita pelo professor de Ciências.

 

- 4ª EtapaEstudo do ciclo de vida das formigas.

A partir da exibição do filme “A cigarra e as formigas” o professor de Ciências trabalhará as principais características das formigas, principalmente, o modo de organização, pelo qual são conhecidas como “insetos sociais” e a importância delas para o meio ambiente.

 

- 5ª Etapa Interpretação e Compreensão Fábulas em Inglês.

O professor levará várias fábulas em Inglês para explorar o vocabulário e instigar que os alunos infiram significado aos textos que posteriormente serão trabalhados por meio de atividades de interpretação de compreensão.

 

- 6ª Etapa - Divisão dos alunos, em grupos de quatro integrantes, para visita à sala de informática para pesquisa de autores e obras fabulares. Os alunos serão levados para a sala de informática para que pesquisem os fabulistas escolhidos e suas obras. Em seguida, deverão fazer a síntese da pesquisa, escolhendo uma fábula que deverá ser apresentada à turma.

 

- 7ª Etapa - Debate a respeito dos ensinamentos trazidos pelas fábulas escolhidas e ilustração das mesmas.

Após a apresentação das pesquisas, será feito um debate acerca dos ensinamentos trazidos pelas fábulas apresentadas e os grupos deverão escolher uma fábula para ilustrá-la, para posterior exposição na escola.

 

- 8ª Etapa - Produção de texto e reestruturação.

Após estudo das fábulas e suas principais características, os alunos produzirão seus textos que posteriormente serão reestruturados para publicação no mural da escola e mais tarde no grupo de interação que será criado nas redes sociais.

 

- 9ª Etapa - Visita à biblioteca.

Os alunos escolherão livros para leitura e posterior produção de resenha crítica a ser postado no Grupo de interação do Facebook que será criado pela turma.

 

- 10ª Etapa - Vídeo “Sociedade dos Poetas Mortos”.

A apresentação do filme será feita para sensibilização e incentivo dos alunos, para que compreendam a importância da leitura e a necessidade de fazerem parte de uma sociedade culta.

 

- 11ª EtapaProdução escrita - resenhas críticas.

 Nesse momento será realizada em sala de aula a elaboração, correção e reestruturação das resenhas-críticas para publicação.

 

- 12ª Etapa - Criação do grupo de interação no Facebook.

A turma criará um Grupo de interação no Facebook, para publicação das resenhas críticas, trocas de opiniões e debates culturais estabelecidos com toda a comunidade escolar, e que também será utilizado para outras atividades educativas futuras.

 

- 13ª EtapaReunião para avaliação.

Após a realização de cada etapa será feita uma breve reunião com o grupo de professores envolvidos e um aluno representante de cada turma para avaliar o andamento do projeto e fazer possíveis adaptações.

 

 

10. CRONOGRAMA

 

O projeto será desenvolvido durante o 4º Bimestre, com a possibilidade de ser implementado ao Currículo Escolar.

 

 

11. AVALIAÇÃO

 

A avaliação acontecerá durante todo o processo de realização do projeto, através de observação dos professores baseada em critérios pré-estabelecidos, observando a participação ativa dos participantes da comunidade escolar em todas as ações desenvolvidas, sendo que ao final de cada etapa o grupo de professores responsáveis pela aplicação do projeto deverá reunir-se para avaliar os resultados e traçar novas metas, se necessário, para o seu desenvolvimento.

 

12. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Pretende-se com o presente projeto desenvolver o gosto pela leitura, por meio de um trabalho interdisciplinar viabilizando ao aluno um modo de aprender baseado na integração entre os conteúdos das várias áreas do conhecimento, bem como entre as mídias impressa, vídeos e informática. Por meio do computador, filmes, livros, internet, etc.

 

Sob essa perspectiva, convém mencionar Demo (2008), que afirma que a escola precisa se situar nas habilidades do século XXI, que ainda não estão presentes no contexto escolar, mas aparecem em casa, no computador, na internet e na lan house. Nesse contexto, o autor sugere uma mudança que comece pelo  professor, pois ele é peça fundamental nesse processo, promovendo integração entre o processo ensino-aprendizagem aliado às novas tecnologias para que se possa atingir resultados significativos, além de proporcionar  ao educando  que “aprenda a aprender” no processo de produzir,  de pesquisar, de levantar dúvidas,  que estimulam  novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções do conhecimento, proporcionando um aprendizado que supera o aprender sistematizado.

 

Portanto, sabendo-se que o espaço digital é democrático, assim torna-se possível que os educandos expressem seus pensamentos de forma natural, tendo a oportunidade de construir novos saberes,  por meio da leitura e escrita, tornando o hábito de ler algo natural no seu cotidiano.

 


REFERÊNCIAS

 

A cigarra e a formiga. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=9v8ViXkhZdo? . Acesso em: 09-09-2013.

 

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 1999.

 

DEMO, P. Os desafios da linguagem do século XXI para o aprendizado na escola. Palestra, Faculdade OPET, junho 2008. Disponível em:  http://www.nota10.com.br. Acesso em 30/08/2013.

 

FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam 41ed. São Paulo: Cortez, 2001. 

 

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa . Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

 

HAMMES, M. H. As mudanças que as novas tecnologias da escrita ofertadas pelo computador e pela Internet imprimem no meio educativo. Revista Digital - Buenos Aires - Ano 15 - Nº 145. Jun. 2010. Disponível em http://www.efdeportes.com/ Acesso em 30/08/2013.

 

MACHADO, A. M. A Literatura deve dar prazer. Nova Escola, São Paulo, v.16, n.145, p-21-23, set.2001.

 

MARTINS, M. H. O que é leitura? 2ºEd. Brasiliense: São Paulo, 1983.

 

MORAN, J. M. Desafios na Comunicação Pessoal. 3ª Ed. São Paulo: Paulinas, 2007, p. 162-166.

 

MORAN, J. M. Como utilizar as tecnologias na escola In: A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. São Paulo: Papirus, 2009, 4. ed. p. 101-111) Disponível em: <http://www.eca.usp.br/moran/utilizar.htm>. Acesso em: 09/08/2013.

 

Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação Média e Tecnológica (Semtec). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC/Semtec, Brasil 2002, p.30.

 

ROSA, G. Tutaméia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967.

 

Sociedade dos Poetas Mortos. Produção de Peter Weir. EUA: Abril Vídeo, 1989. Filme (128 min).

 

VIËGAS, K. V. Ler para gostar de ler: biblioteca de classe desperta curiosidade e prazer pela leitura. Revista do Professor, Porto Alegre, v.13, n.5, p. 13-15, out/dez, 1997.

 

KENSKI, V. M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 4. Ed. São Paulo: Papirus. 2006


 

Fonte: http://www.cipead.ufpr.br


 

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