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HIPERTEXTO

Page history last edited by Geane Poteriko 13 years, 9 months ago

HIPERTEXTO E ESPAÇO VIRTUAL: UTILIZAÇÃO DAS LINGUAGENS

 

E SUPORTES INFORMATIZADOS

 

 

 

 

 

Na revista Ofício de Professor (2005, p. 31), o artigo "O leitor navegante" mostra que "na sociedade contemporânea é praticamente impossível viver fora da cultura informatizada", sendo nesta apresentada uma reflexão acerca das conseqüências da utilização das linguagens e suportes informatizados sob o prisma pedagógico-educacional.

Nesse sentido, "a existência de diferentes linguagens na informática impoôs mudanças forfundas na maneira como nós passamos a ler textos". Considerando que "... as implicações decorrentes das perspectivas psicológicas, pessoais, educacionais e estéticas que o uso de um ou outro acarretou e acarreta", pode-se afirmr que "a cada suporte e linguagem correspondem diferentes possibilidades de utilziação", o que leva, prtanto, a "distintos tipos de leitura, determinados pela natureza específica de cada um". Ou seja, "o ato de ler sofreu sofreu mudanças sérias e profundas nessa nova realidade".

Analisando, portanto, o texto sob a visão informatizada, o artigo "O leitor navegante" (2005, p. 34) considera primeiramente que o texto "é mais que uma sucessão de frases. Ele envolve imagens, significados, sons e efeitos visuais". Assim, define-se texto, contexto e intertexto, sendo otexto "uma unidade estruturada de modo que as idéias formem um todo coeso e coerente, ou seja, que tenha sentido", podendo distinguir-se "textos verbais, não-verbais e aqueles que se valem de linguagens em diferentes cominações - teatro, televisão, quadrinhos e cinema..." sobre o contexto, "podemos entender como contexto todos os fatores que regulam a produção de sentido de um texto verbal ou não-verbal"; assim, "os conceitos de texto e contexto são interdependentes. Do contexto depende a construção do sentido de um texto..." (2005, p. 36). Já o intertexto "exige leitor com repertório, pois cita outras obras". Desse modo, pode ser definido como "o diálogo de textos (...), o conjunto de referências que existem, no interior de um texto, a outros textos previamente existentes a ele" (2005, p. 37)

Sob tal perspectiva, é preciso considerar ainda que "o conceito de intertextualidade, que se forjou na década de 1960, tornou-se um instrumento fundamental na análise e crítica dos fenômenos culturais, especialmente os artísticos". Assim, consideram-se como práticas intertextuais a paráfrase (recriação de um texto alterando alguns aspectos morfológicos e sintáticos); a paródia (retomada do modelo com a intenção de romper com ele); a epígrafe (fragmento de texto recortado da obra de um autor); e a citação (inclusão de um fragmento de outro texto no corpo de um texto).

Desse modo, "a intertextualidade sempre interfere na leitura do texto que se vale desse recurso. Os intertextos vão formando, com o texto que lhes serviu como ponto de partida, uma cadeia textual. Aqui inclui-se, portanto, a questão do hipertexto: "no caso do hipertexto eletrônico, a intertextualidade passsou a fazer parte da própria estratégia de composição", uma vez que "a possibilidade de o intertexto gerar significados depende, fundamentalmente, do repertório do leitor, do tipo e da quantidade de leituras que le fez aolongo da vida". é preciso, no entanto, deixar claro que "no espaço virtual, a intertextualidade assume tais proporções que chega a se confundir com a noção de hipertexto". (2005, p.39)

Por este motivo, ainda segundo o artigo "O leitor navegante (2005, p. 40), por este motivo o hipertexto é claramente definido como "um texto que permite ao leitor saltar de um bloco de informações a outro (s), situado (s) dentro do próprio texto ou fora dele. Nesse sentido, qualquer texto é um hipertexto. No caso do texto escrito, por exemplo, as notas de rodapé, indicações de remissões e avanços, índices e sumários permitem essa movimentação interna, pelo leitor, de um bloco a outro de informação. A indicação bibliográfica e as citações, por sua vez, podem acionar a movimentação externa: o leitor sai do texto em que se encontra rumo a outros".


DEFINIÇÕES

 

Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual agrega-se outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda as informações que estendem ou complementam o texto principal. O conceito de "linkar" ou de "ligar" textos foi criado por Ted Nelson nos anos 1960 e teve como influência o pensador francês Roland Barthes, que concebeu em seu livro S/Z o conceito de "Lexia"[carece de fontes?], que seria a ligação de textos com outros textos.

 

O sistema de hipertexto mais conhecido atualmente é a World Wide Web, no entanto a Internet não é o único suporte onde este modelo de organização da informação e produção textual se manifesta.

 

Etimologia

 

O prefixo hiper - (do grego "υπερ-", sobre, além) remete à superação das limitações da linearidade, ou seja, não sequencial do antigo texto escrito, possibilitando a representação do nosso pensamento, bem como um processo de produção e colaboração entre as pessoas,ou seja, uma (re)construção coletiva. O termo hipertexto, cunhado em 1965, costumeiramente é usado onde o termo hipermídia seria mais apropriado. O filósofo e sociólogo estadunidense Ted Nelson, pioneiro da tecnologia da informação e criador de ambos os termos escreveu:

 

Cquote1.svg Atualmente a palavra hipertexto tem sido em geral aceita para textos ramificados e responsivos, mas muito menos usada é a palavra correspondente "hipermídia", que significa ramificações complexas e gráficos, filmes e sons responsivos - assim como texto. Em lugar dela usa-se o estranho termo "multimídia interativa", quatro sílabas mais longa, e que não expressa a idéia de hipertexto estendido. Cquote2.svg
Nelson, Literary Machines 1992

.

História

 

A idéia de hipertexto não nasce com a Internet, nem com a web. De acordo com Burke (2004) e Chartier (2002) as primeiras manifestações hipertextuais ocorrem nos séculos XVI e XVII através de manuscritos e marginalia. Os primeiros sofriam alterações quando eram transcritos pelos copistas e assim caracterizavam uma espécie de escrita coletiva. Os segundos eram anotações realizadas pelos leitores nas margens das páginas dos livros antigos, permitindo assim uma leitura não-linear do texto. Essas marginalia eram posteriormente transferidas para cadernos de lugares-comuns para que pudessem ser consultadas por outros leitores.

 

Provavelmente, a primeira descrição formal da idéia apareceu em 1945, quando Vannevar Bush publicou na The Atlantic Monthly, "As We May Think", um ensaio no qual descrevia o dispositivo "Memex". Neste artigo, a principal crítica de Bush era aos sistemas de armazenamento de informações da época, que funcionavam através de ordenações lineares, hierárquicas, fazendo com que o indivíduo que quisesse recuperar uma informações tivesse que percorrer catálogos ordenados alfabetica ou numericamente ou então através de classes e sub-classes. De acordo com Bush, o pensamento humano não funciona de maneira linear, mas sim através de associações e era assim que ele propunha o funcionamento do Memex.

 

O dispositivo nunca chegou a ser construído, mas hoje é tido como um dos precursores da atual web. A tecnologia usada seria uma combinação de controles eletromecânicos e câmeras e leitores de microfilme, todos integrados em uma grande mesa. A maior parte da biblioteca de microfilme estaria contida na própria mesa com a opção de adicionar ou remover rolos de microfilme à vontade. A mesa poderia também ser usada sem a criação de referências, apenas para gerar informação em microfilme, filmando documentos em papel ou com o uso de uma tela translúcida sensível ao toque. De certa forma, o Memex era mais do que uma máquina hipertexto. Era precursor do moderno computador pessoal embora baseado em microfilme. O artigo de Novembro de 1945 da revista Life que mostrava as primeiras ilustrações de como a mesa do Memex podia ser, mostrava também ilustrações de uma câmera montada na cabeça, que o cientista podia usar enquanto fazia experiências, e de uma máquina de escrever capaz de reconhecimento de voz e de leitura de texto por síntese de voz. Juntas, essas máquinas formariam o Memex, provavelmente, a descrição prática mais antiga do que é chamado hoje o Escritório do Futuro.

 

Não se pode deixar de citar outro personagem de grande importância histórica que é Douglas Engelbart diretor do Augmentation Research Center (ARC) do Stanford Research Institute, centro de pesquisa onde foram testados pela primeira vez a tela com múltiplas janelas de trabalho; a possibilidade de manipular, com a ajuda de um mouse, complexos informacionais representados na tela por um símbolo gráfico; as conexões associativas (hipertextuais) em bancos de dados ou entre documentos escritos por autores diferentes; os grafos dinâmicos para representar estruturas conceituais (o "processamento de idéias" os sistemas de ajuda ao usuário integrados ao programa).

 

O trabalho de Ted Nelson e muitos outros sistemas pioneiros de hipetexto com o "NLS", de Douglas Engelbart, e o HyperCard, incluído no Apple Macintosh, foram rapidamente suplantados em popularidade pela World Wide Web de Tim Berners-Lee, embora faltasse a esta muitas das características desses sistemas mais antigos como links tipados, transclusão e controle de versão.

 

Principais características do Hipertexto

 

  1. Intertextualidade;
  2. Velocidade;
  3. Precisão;
  4. Dinamismo;
  5. Interatividade;
  6. Acessibilidade;
  7. Estrutura em rede;
  8. Transitoriedade;
  9. Organização multilinear.

 

 

Hipertexto e Internet

 

Uma das maiores controvérsias a respeito deste conceito é sobre sua vinculação obrigatória ou não com a internet e outros meios digitais. Alguns autores defendem que o hipertexto acontece apenas nos ambientes digitais, pois estes permitem acesso imediato a qualquer informação. A internet, através da WWW, seria o meio hipertextual por excelência, uma vez que toda sua lógica de funcionamento está baseada nos links.

 

Outros pesquisadores acreditam que a representação hipertextual da informação independe do meio. Pode acontecer no papel, por exemplo, desde que as possibilidades de leitura superem o modelo tradicional contido das narrativas contínuas (com início, meio e fim). Uma enciclopédia é uma clássico exemplo de hipertexto baseado no papel, pois permite acesso não-linear aos verbetes contidos em diferentes volumes. Um exemplo de hipertexto tradicional são as anotações de Leonardo Da Vinci e também a Bíblia, devido sua forma não linear de leitura.

 

Hipertexto e Educação

 

Um tópico relevante é a utilização da ferramenta de hipertexto na Educação. O trabalho com hipertexto pode impulsionar o aluno à pesquisa e à produção textual. O hipertexto como ferramenta de ensino e aprendizagem facilita um ambiente no qual a aprendizagem acontece de forma incidental e por descoberta, pois ao tentar localizar uma informação, os usuários de hipertexto, participam activamente de um processo de busca e construção do conhecimento, forma de aprendizagem considerada como mais duradoura e transferível do que aquela directa e explícita.

 

Na sala de aula, onde se trabalha com hipertexto, os alunos, num sistema de colaboração, acabam aprendendo mais e através de diversas fontes. O próprio conceito de hipertexto, pode nos levar a essa intenção. Uma atividade colaborativa traz benefícios extraordinários no que diz respeito a construção individual e coletiva do conhecimento. Os professores também podem trabalhar com hipertexto para funções pedagógicas. Utilizar textos de várias turmas e redistribuí-los é um bom exemplo. O hipertexto também traz como vantagem para a educação a construção do conhecimento compartilhado, um importante recurso para organizar material de diferentes disciplinas.Trabalhar com hipertexto leva o aluno a produção de textos e traz como vantagens a construção do conhecimento de forma dinâmica e inserindo o aluno e o processo educativo no mundo digital. Em sua produção o aluno se refere a conhecimentos antes apreendidos, mantendo uma relação sempre linear com o texto.

 

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto

 

 


 

“tudo que se desloca deve utilizar-se da rede hipertextual

tal como ela se encontra, ou então será obrigado a modificá-la”.

 

 

HIPERTEXTO a.C?

 

 

            Apesar de parecer próprio da tecnologia digital, o hipertexto está presente no cotidiano das pessoas mesmo antes de Cristo. A simples necessidade de se guardar os textos de forma fragmentada (em blocos) em tabuinhas ou pergaminhos constituía o hipertexto.

 

            Na época de Platão, Virgílio ou Santo Agostinho os textos eram processados sem espaço entre as palavras, sem letras maiúsculas nem pontuação. Com o passar dos anos as formas de escrita foram evoluindo e se alterando para dinamizar a leitura. Anos mais tarde, também os meios de comunicação de massa sofreram evoluções e transformações em seu formato para facilitar o exercício da leitura e da compreensão.

 

            Então ao contrário do que se pensa, não só o meio digital se utiliza do hipertexto, já que segundo Theodor Nelson “o hipertexto é uma escrita não seqüencial, num texto que se bifurca”. Podemos observar esse tipo de recurso nos demais veículos de comunicação de massa, porém no meio digital ele se difere pela existência de interconexões instantâneas obtidas através de links.

 

            O computador e a internet definem uma nova ambiência informacional, onde na cibercultura, a lógica comunicacional supõe rede hipertextual, multiplicidade, virtualidade, tempo real, multissensorialidade e multidirecionalidade. (Lévy)

 

            A multimidialidade presenciada pelo uso de diversos códigos diferentes (texto, som e imagem) no mesmo meio, já nos era dada pela televisão, porém o link atribuiu a essa convergência uma nova forma organizacional e diferenciada formatação, que dão a nova “cara” do hipertexto, auxiliada pelo uso da memória (armazenamento de dados) que rompe os limites espaciais e temporais que existem nos outros meios.

O link então passa a ser considerado “elemento essencial para a narrativa jornalística no formato hipertextual”, onde título e link em alguns casos passam a ser um só elemento. “No lugar de receber a informação, o leitor tem a experiência da participação na elaboração do conteúdo. O sujeito não apenas interpreta mais ou menos livremente, como também organiza e estrutura”.(Machado)

 

            É o antigo se abrindo ao novo para que todos possam ser produtores de conhecimento, e que retorne a era dos pensadores.

 

(Por: Alessandra Batista. Disponível em: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://wiashy.files.wordpress.com/2008/08/hipertexto1.jpg&imgrefurl=http://wiashy.wordpress.com/2008/08/22/&usg=__SvtPsqRgWYyvinpxXinAfPPPxBA=&h=800&w=600&sz=31&hl=pt-BR&start=12&sig2=wU81-qeQeXnSumVLlOaIDg&um=1&itbs=1&tbnid=LU3dexW-qHxM9M:&tbnh=143&tbnw=107&prev=/images%3Fq%3DHIPERTEXTO%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26tbs%3Disch:1&ei=GnIRTIH3G4T6lwfpzJXMBw)

 



 

REFERÊNCIAS:

 

KOCK, Ingedore G. Villaço. Desvendando so segredos do texto. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2003. p. 61-73.

MARCUSHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos (org.) Hipertexto: e_gêneros_digitais - Nova formas de construção de sentido. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. 196 p.

OFÍCIO DE PROFESSOR. In: O leitor navegante. vol. XI. 29 jun 2005.

ANDREA, Cecília. In: Ler e escrever na cultura digital. Revista Ofício de Professor. vol. XI. 29 jun 2005.

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